segunda-feira, outubro 04, 2010

De geração para geração

No momento em que quatro gerações de profissionais compõem o capital humano das empresas, confira como identificar e cultivar os líderes da chamada “Geração Y”.

Atualmente, o ambiente corporativo é composto, em geral, por cerca de 4 gerações distintas: os “tradicionais” (nascidos até 1945), os “baby boomers” (entre 1946 e 1963), a “Geração X” (entre 1964 e 1979) e, a famosa “Geração Y” (entre 1983 e 1994). Estes jovens trabalhadores que estão cada vez mais aumentando a composição do capital humano das empresas já são conhecidos pela hiperatividade, familiaridade com tecnologias e ambição. Agora, uma vez reconhecido o potencial destas características dentro de uma corporação, as empresas estão precisando lidar com um novo desafio: como identificar e promover a liderança nesta geração partidária da descentralização e da troca de ideias?

Como dar um significado ao trabalho?



David Ulrich, palestrante da HSM Expomanagement 2010, acredita na criação de um propósito paras as pessoas dentro do ambiente profissional, fazendo uso de sete pontos-chave. Confira quais são eles.

Em meio as preocupações e demandas diárias do ambiente profissional, dificilmente as pessoas se questionam porque efetivamente estão trabalhando. Mais do que uma dúvida sobre a carreira, esta é uma reflexão sobre o ponto de vista gerencial da sua própria vida. Afinal, o que o trabalho representa para você?

Seria simplista demais dizer que se trabalha por dinheiro ou ocupação exclusivamente; utópico demais afirmar que se trata de um hobby. O acadêmico e autor de 15 livros sobre recursos humanos, David Ulrich, lançou recentemente a obra “The why of work” juntamente com sua esposa e psicóloga Wendy Ulrich. Trata-se de uma tentativa de responder a esta questão, desvendando quais aspectos permeiam as relações de trabalho em empresas de sucesso.

De acordo com Ulrich, após pesquisas no mundo dos negócios, identificou-se que as organizações denominadas por ele como abundantes são lugares onde as pessoas encontram um significado para suas vidas e canalizam isso em valor para o mercado como um todo. “Quando as pessoas encontram no trabalho um significado e um propósito não são apenas as pessoas que se sentem melhores, mas as empresas trazem mais resultados, empregados são mais produtivos, clientes identificam maior valor, investidores têm resultados melhores, bem como a comunidade. É uma relação ganha-ganha”, diz o executivo em entrevista ao site Monster.com.

Na prática, em uma empresa não é simples fazer com que as pessoas encontrem um significado para estarem trabalhando. Afinal, cada companhia possui uma cultura diferente. Mas Ulrich resume que existem sete pontos-chave para promover a criação de um propósito, que vai além da definição de visão, missão e valores.

O acadêmico da Universidade de Michigan defende em sua obra que dar um significado ao trabalho vai além da motivação, pois é algo peculiar que está dento de cada pessoa e deve ser explorado individualmente. Sendo assim, os mecanismos motivacionais clássicos como remuneração, apoio ao desenvolvimento profissional, plano de carreira, entre outros são complementares, pois em primeiro plano deve-se buscar este vínculo superior.

A administradora de empresas e diretora da Palavra-Mestra, Alexandra Delfino de Sousa, faz um paralelo entre a defesa de Ulrich e o pensamento do psiquiatra vienense Viktor Frankl (1905-1997), que testou sua teoria como prisioneiro de campos de concentração nazistas. “O médico criou a Logoterapia, que fundamentou na obra Em Busca de Sentido (ed. Vozes). Frankl concorda com o filósofo Friedrich Nietzsche, quando diz que ‘aquele que tem por que viver aguenta qualquer como’. O psicoterapeuta defende que a busca por significado tem mais a ver coma forma como pensamos do que com as circunstâncias em que nos encontramos”, explica Alexandra em artigo para o Portal HSM.

E para você, qual o real significado do seu trabalho?