terça-feira, abril 15, 2008

A D V E R S I D A D E S...


Ela era uma garota que vivia a se queixar da vida. Tudo lhe parecia difícil e se dizia cansada de lutar e combater. Seu pai, que era um excelente cozinheiro, a convidou, certo dia, para uma experiência na cozinha. Tomou três panelas, encheu-as com água e colocou cenouras em uma, ovos em outra e pó de café na terceira. Deixou que tudo fervesse, sem nada dizer. A moça suspirou longamente, imaginando o que é que seu pai estava fazendo com toda aquela encenação. Depois de tudo fervido, o pai colocou as cenouras e os ovos em uma tigela e o café em outra.
- O que você está vendo? - perguntou.
- Cenouras, ovos e café - respondeu ela.
Ele a trouxe mais perto e pediu-lhe para experimentar as cenouras. Ela notou como as cenouras estavam macias. Tomando um dos ovos, quebrou a casca e percebeu que estava duro. Provando um gole de café, a garota sentiu o sabor delicioso. Voltou-se para o pai, sorriu e indagou:
- O que significa tudo isto, papai?
- É simples, minha filha. As cenouras, os ovos e o café ao enfrentarem a mesma adversidade, a água fervendo, reagiram de formas diferentes. A cenoura entrou na água firme e inflexível. Ao ser submetida à fervura, amoleceu e se tornou frágil. O ovo era frágil. A casca fina protegia o líquido interior. Com a água fervendo, se tornou duro. O pó de café, por sua vez, é incomparável. Colocado na água fervente, ele mudou a água.
Voltando-se então para a filha, perguntou-lhe:
- Como é você, minha filha? Quando a adversidade bate à sua porta, você reage como a cenoura, o ovo ou o café? Você é uma pessoa forte e decidida que, com a dor e as dificuldades, se torna frágil, vulnerável e sem forças? Ou você é como o ovo: delicada, maleável, casca fina, que se rompe com facilidade? Ao receber as notícias do desemprego, de uma falência, da morte de um ser querido, do divórcio, você se torna dura, inflexível? Quanto mais sofre, mais obstinada fica, mais amarga se torna, encerrada em si mesma? Ou você é como o café, que muda a água fervente, motivo da dor, para conseguir o máximo de seu sabor, a cem graus centígrados? Quanto mais quente a água, mais gostoso se torna o café, deliciando as pessoas com o seu aroma e sabor. Se você é como o pó de café, então, quando as coisas vão ficando piores, você se torna melhor e faz com que as coisas em torno de você também se tornem melhores.
E completou:
- A dor, em você, tem a possibilidade de torná-la mais doce, gentil, com mais capacidade de entender a dor alheia. Afinal de contas, minha filha, como é que você enfrenta a adversidade?
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Pense Nisso!
Sucesso...

terça-feira, abril 01, 2008

O P R Í N C I P E C H I N Ê S...

Conta-se que, por volta do ano 250 a.C., na China antiga, um príncipe estava às vésperas de ser coroado imperador, mas, de acordo com a lei, ele deveria se casar. Sabendo disso, ele resolveu fazer uma "disputa" entre as moças da corte ou quem quer que se achasse digna de sua proposta. Então, anunciou que receberia, numa celebração especial, todas as pretendentes e lançar-lhes-ia um desafio.
Uma velha senhora, serva do palácio há muitos anos, ouvindo os comentários sobre os preparativos, sentiu uma leve tristeza, pois sabia que sua jovem filha nutria um sentimento de profundo amor pelo príncipe. Mas, ao chegar em casa e relatar o fato à jovem, espantou-se ao saber que ela pretendia ir à celebração. E disse-lhe:
- Estarão presentes todas as mais belas e ricas moças da corte. Tire essa idéia da cabeça, eu sei que você deve estar sofrendo, mas não torne o sofrimento uma loucura.
E a filha respondeu:
- Não, querida mãe, não estou sofrendo e muito menos louca. Eu sei que jamais poderei ser a escolhida, mas é a minha oportunidade de ficar pelo menos alguns momentos perto do príncipe, e isso já me torna feliz.
Chegou, então, a grande data. À noite, a jovem dirige-se ao palácio. Lá estavam, de fato, todas as mais belas moças, com as mais belas roupas, com as mais belas jóias e com as mais determinadas intenções. Então, finalmente, o príncipe anunciou o desafio:
- Darei a cada uma de vocês uma semente. Aquela que, dentro de seis meses, me trouxer a mais bela flor, será escolhida minha esposa e futura imperatriz da China.
A proposta do príncipe não fugiu às profundas tradições daquele povo, que valorizava muito a especialidade de "cultivar" algo, sejam costumes, amizades, relacionamentos, etc.
O tempo passou e a doce jovem, como não tinha muita habilidade nas artes da jardinagem, cuidava com muita paciência e ternura da sua semente, pois sabia que, se a beleza da flor surgisse na mesma extensão de seu amor, ela não precisava se preocupar com o resultado.
Passaram-se três meses e nada surgiu. A jovem tudo tentara, usara de todos os métodos que conhecia, mas nada havia nascido. Dia após dia ela percebia cada vez mais longe o seu sonho, mas, cada vez mais profundo o seu amor. Por fim, os seis meses haviam passado e nada havia brotado. Consciente do seu esforço e dedicação, a moça comunicou sua mãe que, independente das circunstâncias, retornaria ao palácio, na data e hora combinadas, pois não pretendia nada além de mais alguns momentos na companhia do príncipe.
Na hora marcada, lá estava ela, com seu vaso vazio, bem como todas as outras pretendentes, cada qual, porém, com uma flor mais bela do que a outra, das mais variadas formas e cores. Ela estava admirada, nunca havia presenciado tão bela cena.
Finalmente chega o momento esperado e o príncipe observa cada uma das pretendentes com muito cuidado e atenção. Após passar por todas, uma a uma, ele anuncia o resultado, indicando a pobre e bela jovem como sua futura esposa.
As pessoas presentes tiveram as mais inesperadas reações. Ninguém compreendeu porque ele havia escolhido justamente aquela que nada havia cultivado. Então, calmamente, o príncipe esclareceu:
- Esta foi a única que cultivou a flor que a tornou digna de se tornar uma imperatriz: a flor da honestidade, pois todas as sementes que entreguei eram estéreis.
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Se, para vencer, estiver em jogo a sua honestidade, perca. Você será sempre um vencedor.

Pense Nisso!
Sucesso...

FONTE: Luimar